HISTÓRIA DA CIDADE
O topônimo Russas tem sido alvo de notável debate entre os principais estudiosos do Ceará. Podendo ter sido originado pela:
Cor das éguas de um velho fazendeiro chamado Zacarias do Pedro Ribeiro nos primeiros anos do povoamento, que possuía cobiçadas e vistosas éguas de cor ruça. Os animais se destacavam pela uniformidade de sua cor encarnada, sendo batizadas de éguas russas (embranquecidas). Esta é a versão mais popular.
Existência local de algumas pedras brancas de granito, com partes pintadas de tinta vermelha. Vistas de longe, se assemelham às éguas russas. Esta é a versão segundo pesquisadores da História.
Originalmente chamou-se Santo Antônio do Ouvidor, depois Sítio Igreja das Russas, São Bernardo do Governador, São Bernardo de Russas e desde 1938, Russas.
Russas é uma das únicas cidades do sertão brasileiro que originou-se de fortificação militar. Localiza-se dentro do então território dos índios Potiguara, Paiacu, Tapairiu, Panati, Ico, Ariu. A região começou a ser colonizada por Portugueses e seus descendentes oriundos da Bahia e Pernambuco em meados de 1690.
No século XVII os índios da região fizeram grande resistência à invasão dos portugueses e suas iniciativas econômicas. Era a chamada Guerra dos Bárbaros. Diante deste cenário é construído em 1701, a primeira fortificação militar no sertão cearense, o Forte Real de São Francisco Xavier da Ribeira do Jaguaribe. Este núcleo militar, que segurava 150 currais de gado, demarcou oficialmente o início da povoação europeia em Russas. Depois a localidade consolidou-se como entreposto dos vaqueiros que traziam gado do interior para negociar no porto de Aracati, na época do ciclo da carne de charque. Esses e outros visitantes que passavam pela cidade viam de longe pedras de cor ruça e criaram o a expressão terra das pedras ruças ou terra das éguas ruças.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário começou a ser construída em 1707, por doação de sesmaria, sendo o templo mais antigo construído no Estado. O Rei de Portugal encarregou da definição do terreno o desembargador Cristóvão Soares Reimão. Este demarcou as terras perto do antigo Forte que sucumbiu ao tempo e aos ataques dos indígenas jaguaribanos, que foram desaparecendo ou sendo assimilados nas fazendas de criação de animais.
Desde o século XVIII a população da ribeira do Jaguaribe aspirava por autonomia política. A 15 de junho de 1801, o governador da Capitania do Ceará, Bernardo Manuel de Vasconcelos, ordenou ao ouvidor Manuel Leocádio Rademaker que transformasse em Vila a povoação de Sítio Igreja das Russas ou Freguesia de Nossa Senhora do Rosário das Russas, que passou a ser conhecida como Vila de São Bernardo do Governador (posteriormente São Bernardo das Russas). A Vila foi instalada em 6 de agosto daquele ano, desmembrando-se da recém-criada Vila de Aracati e fazendo divisa com a Vila do Icó.
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